Nunca se falou tanto de sustentabilidade como nos dias de hoje.
A sustentabilidade alcançou a construção civil, muitos prédios estão sendo construídos com materiais ecológicos.
As casas ecológicas podem custar bem menos do que uma obra convencional, apesar dos materiais serem mais caros, você utiliza menos matérias, garantindo uma economia no preço final e a construção pode ser muito mais rápida não deixando entulhos.
É certo que é preciso unir às ações uma grande pesquisa e um projeto estruturado, pois os apelos comerciais estabelecidos.
Uma das opções para construções é o tijolo ecológico, que permite várias vantagens para o usuário, como o isolamento térmico e acústico, além de obras mais limpas terão ainda uma economia na climatização. Outra opção é a utilização de pisos laminados que é considerado ecologicamente correto.
A utilização de sistema solar para aquecer a água da casa é uma boa opção, pode custar caro no começo mas tem uma grande economia depois e se pagará em pouco tempo – sua manutenção é minima.
A decoração da casa também pode ser ecologicamente correta com materiais reciclados e reaproveitados. Os móveis antigos, pintados com outras cores, a utilização de caixotes de feiras pintados e/ou forrados com papel de parede são ótimas estantes na salas…
Pintar a casa com cores claras para pertitir a reflexão da luz e iluminar mais a casa é uma simples e correta opção. Abaixo, o armário antigo que foi pintado e passou a ter uma nova função.
Armário antigo que foi lixado e pintado de branco para ficar com aspecto rustico – Existem inúmeras possibilidades de aproveitamente e reutilização, assim como técnicas diferentes para combinar com o estilo de cada casa.
Caixote de feira que foi pintado e fixado na parede para ser usado como armários aéreos de cozinha – Na verdade, economicamente e com bom gosto, pode-se juntar coisas que antes apenas eram jogadas fora e criar ambientes totalmente inusitados e bonitos. Caixotes de feira pintados de branco e com a colocação de rodinhas, podem virar mesas auxiliares, de cabeceira, ou até utilitário para algum tipo de empresa.
As pessoas acham que a sustentabilidade na construção e decoração é uma coisa impossível, mas com a utilização de materiais ecológicos e reaproveitamento já se faz alguma diferença para o planeta. Um olhar super especial para cada coisa, pode aguçar o nosso senso estético, nos dar prazer sensorial e nos ajuda a sermos melhores e mais conscientes.
Com base no nosso passado por Peter Hancock, 2011.
Um guia prático para incorporar as duas idéias novas e antigas em edifícios do século 21, com o objetivo de criar belas ainda termo-eficiente e sustentável de novos edifícios. “Construir o nosso passado”, examina as melhores práticas do nosso rico patrimônio arquitetônico, juntamente com inovações modernas.
Ele mostra como séculos de avanços tecnológicos muitas vezes pode ser melhorado com os últimos materiais, invenções e técnicas de construção, para serem usados em estruturas modernas, sustentáveis e ecologicamente sensíveis. Projetado para um público não-especialista, este livro pretende fornecer uma visão geral do que pode ser, e foi alcançado, para que construtoras de moradias e desenvolvedores podem formular idéias e planos antes de consultar designers profissionais e arquitetos. A escolha dos materiais e métodos de construção continua a abrir novas possibilidades e emocionante. Nunca houve uma maior consciência de nossas responsabilidades ambientais, ou um melhor momento para agir. (Fonte: evolo.us)
Casa Vogue falou com o dinamarquês do BIG.
Líder do escritório dinamarquês BIG e um dos mais promissores arquitetos da atualidade na Europa, Bjarke Ingels está na pauta do dia no Brasil. Seu sócio, Kai-Uwe Bergmann, participa este mês da Kitchen & Bath, feira internacional de produtos e acessórios para cozinha e banheiro em São Paulo. Aproveitamos a passagem para conversar com Bjarke sobre o país, arquitetura e hedonismo. Vencedor do European Prize for Architecture de 2010, ele tem apenas 38 anos de idade, mas é reconhecido por defender ideias como a inclusão da arquitetura na grade de matérias das escolas fundamentais e secundárias, e por realizar projetos que conciliam sustentabilidade e qualidade de vida.
Representante de uma nova geração, Ingels nasceu em Copenhague, estudou arquitetura na Royal Academy da cidade e na Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona. Trabalhou com Rem Koolhaas, na Holanda, mas retornou para a Dinamarca, onde fundou o estúdio Plot, que recebeu um Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2004 pelo projeto de uma sala de música na Noruega. Eem 2006, Ingels fundou o escritorio BIG que, como o próprio nome diz, propõe que as pessoas pensem grande. Os projetos mais celebrados do novo ateliê estão na Dinamarca: um conjunto de 80 apartamentos chamado The Mountain e o edifício 8, com um suave caimento que permite pedalar do térreo até a cobertura. (FABIO DE PAULA)
Edifício The Mountain, Copenhague
Você já veio ao Brasil mais de uma vez. Qual é a sua relação com o país?
Em 2001, eu ganhei uma competição promovida pelo arquiteto dinamarquês Henning Larsen. Com o valor do prêmio, mais ou menos 10 mil dólares, viajei ao Brasil, porque eu tinha o desejo de conhecer sua tradição arquitetônica. Fui em busca do trabalho de Lina Bo Bardi, Oscar Niemeyer, Vilanova Artigas, Affonso Reidy e Paulo Mendes da Rocha. Na ocasião, passei por São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, e terminei a viagem na Ilha Grande. Também conheço a Argentina e a Bolívia.
Quais arquitetos brasileiros da sua geração você conhece?
Conheço o trabalho da Triptyque Arquitetura, e do escritório Eduardo Mondolfo Arquitetos, com o qual trabalhamos juntos no projeto para o Concurso Porto Olímpico do Rio de Janeiro.
E além deste projeto, o BIG está envolvido em mais algum trabalho no Brasil?
Eu voltei ao Brasil em 2010 para apresentar palestras e participar de encontros de negócios. Em apenas 48 horas, tive reuniões bastante promissoras com alguns empresários, mas não posso revelar seus nomes. De qualquer forma, eles se mostraram muito interessados em nosso trabalho, e eu estou bem entusiasmado com a possibilidade de fazer projetos no país.
O principal motivo de minha vinda ao Brasil teve a ver com um projeto de intercâmbio universitário em que meus alunos da Faculdade de Design de Harvard pretendem avaliar os impactos econômicos, sociais, ambientais e urbanísticos da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 especificamente na cidade do Rio de Janeiro.
Projeto de futuro centro cultural e mesquita em Tirana, Albânia
Como você avalia nossa arquitetura?
Hoje, para mim, a melhor definição para a arquitetura brasileira é o termo “modernismo hedonista”. O modernismo está lá em sua manifestação mais pura. Mas, ao contrário da tradição anglo-saxã, que reduziu as construções a caixotes monótonos, no Brasil você encontra um modernismo expressivo, imaginativo, provocativo.
E o que você viu no Brasil que tenha avançado deste modernismo? Muita coisa mudou desde o surgimento do modernismo brasileiro a que você se refere.
Ao sobrevoar São Paulo, você vê essa paisagem infinita de edifícios de altura mediana, muitos deles bastante novos e inexpressivos. O problema é que os arquitetos sempre acreditam que o lugar onde eles vivem é o pior. Na Dinamarca, por exemplo, nos últimos dez anos foram realizados muitos projetos úteis e instigantes, mas, a meu ver, 90% do que se constrói ainda é lixo.
Projeto de futuro Centro Cívico de Tallinn, Estônia
O que você quer dizer com “modernismo hedonista”?
Não é um modernismo triste, pragmático, que repete modelos. A primeira vez em que eu vi a arquitetura de Ipanema e Copacabana, associei o modernismo brasileiro aos mulatos – é uma mistura de todos os tipos de culturas. O modernismo que você vê ali mistura materiais, formas, cores, e é uma arquitetura totalmente hedonista, no sentido de que é voltada para a diversão, para o lazer. É uma infraestrutura criada para a felicidade – algo pensado no modernismo pioneiro. As coberturas em laje, por exemplo, não foram criadas apenas para trazer soluções mecânicas – elas foram originalmente pensadas para serem sempre usadas como terraços, para o lazer dos moradores.
Você associa o “modernismo hedonista” à arquitetura carioca, mas diria que o hedonismo está presente no modernismo praticado na cidade de São Paulo?
Em São Paulo, o brutalismo é mais notável, a infraestrutura é claramente pensada para as questões sociais. E meu arquiteto preferido do Brasil é Lina Bo Bardi. Você pode notar a preocupação social da arquitetura paulista em seu projetos, como o Masp, com seu imenso vão livre idealizado para que as multidões pudessem se reunir ali, e nas imensas salas de exposição, com aqueles delicados suportes para as obras de arte. É uma pena, aliás, o que fizeram com aquele modelo de exposição – a solução atual, com essas paredes brancas, faz com que o interior do museu se pareça com um conjunto de vestiários. De qualquer forma, após sua temporada em Salvador, Lina volta para São Paulo, e pratica o que chamava de “arquitetura pobre”, algo que me interessa muito, com essa simplificação absoluta dos espaços, e que pode ter um resultado magnífico, como é o caso do Sesc Pompeia, com seu genial esquema de ventilação. Minha impressão é de que a arquitetura paulista é mais sóbria, mas não menos inventiva.
Edifício 8 House, Copenhague
E você concorda com essa associação que se faz entre a atual arquitetura praticada na Dinamarca e a sustentabilidade?
Eu sou muito crítico com relação ao meu país, mas devo reconhecer que a Dinamarca é provavelmente a nação que mais conseguiu se aproximar do socialismo: é uma economia de livre mercado, mas com educação gratuita, amplo serviço social, hospitais são gratuitos, onde o governo paga para os estudantes concluírem seus estudos. Em Copenhague, 90% do território é servido por ciclovias e os canais são tão limpos que qualquer um pode nadar neles. Os dinamarqueses têm uma preocupação genuína com o meio ambiente e as questões sociais – e é justamente quando saímos do país que mais nos damos conta disso. Para se ter uma ideia, apenas 4% do lixo produzido no país vai parar em aterros. Chicago, que é uma cidade ambientalmente correta pros padrões norte-americanos, destina 85% de seu lixo aos aterros. Enquanto isso, na Dinamarca, 42% do lixo é reciclado e 54% é usado na geração de energia. É um país com problemas como qualquer outro, mas é realmente avançado em termos de preservação – e isso está presente na nossa arquitetura.
O hedonismo é um dos elementos que compõe o o que você chama de “Think Big” (Pense Grande). Como aplicar isso em outras partes?
Na Dinamarca, a construção da infraestrutura sempre tem uma preocupação social, mas essa postura inventiva nem sempre está presente como na arquitetura paulista. Criamos o termo “sustentabilidade hedonista”, que é uma das bases do “Think Big”, vislumbrando algo que tem preocupação social, mas é voltada para a diversão, exatamente como a arquitetura carioca, e engloba a preservação do meio ambiente. Pensamos na infraestrutura tendo como objetivo a felicidade de seus usuários. Afinal, a sustentabilidade não deveria ser o quanto de qualidade de vida nós temos que abrir mão, não deveria ser um fardo na vida das pessoas. A sustentabilidade não precisa ser como um valor protestante, que estabelece que tudo que lhe faz bem necessariamente tem que lhe causar alguma dor. A sustentabilidade, tanto nos edifícios quanto nas cidades, pode significar um aumento de qualidade de vida.
E quais as outras bases do “Think Big”?
Eu diria que nossa filosofia de trabalho é produzir arquitetura com uma atitude sempre otimista diante dos desafios propostos. Em vez de transformar qualquer projeto em um dilema político ou moral, nós nos concentramos no tipo de vida que os usuários terão no projeto construído, de forma que eles encontrem ali aquilo que eles desejam. E projetamos de um modo a não punir o planeta, afinal não há nada de bom em poluir os oceanos a ponto de você não poder nadar neles, certo? Isso é terrível demais. O hedonismo é isso – aproveitar a vida, passear pela cidade de bicicleta, em vez de ficar preso em um congestionamento dentro de um automóvel.
Pavilhão dinamarquês na Expo Xangai 2010
E como pensar grande em um país como o Brasil?
Lina Bo Bardi certamente fazia isso. Mas Brasília, mesmo com alguns edifícios espetaculares, me parece um exagero de escala, é um lugar que pode ser desolador. Para mim, a obra de Oscar Niemeyer tem sua redenção no edifício Copan, aqui em São Paulo, e em Belo Horizonte. Gosto do conjunto da Pampulha, mas o que mais me chama a atenção é uma pequena escola pública [o arquiteto se refere à Escola Estadual Governador Milton Campos, projeto de 1954, também conhecido como Colégio Estadual Central]. Um ótimo exemplo daquilo que se aplica ao “Think Big” como um todo. No projeto de arquitetura, a prioridade não é todos terem acesso ao mínimo, mas todos terem acesso à felicidade.
Projeto do futuro edifício West 57, em Nova York
E como pensar grande com pouco dinheiro? É possível criar projetos, com conceitos como sustentabilidade hedonista, tendo poucos recursos financeiros?
A estratégia em qualquer projeto é alcançar o máximo dos efeitos e significados esperados. Quando se pensa arquitetura com poucos recursos, você deve estabelecer prioridades diferentes, mas isso não quer dizer que os efeitos devem ser menos relevantes. O arquiteto deve listar todos os desafios que o programa lhe apresenta, e saber atingir o efeito desejado a partir do desenho, mesmo com pouco dinheiro. No caso do Brasil, há duas questões a se considerar: é um país insanamente rico, mas com muita pobreza. Sua economia é maior do que a de todos os demais países latino-americanos somadas. Em um país como esse, o artifício é saber aproveitar o investimento que se faz. Quando você aplica recursos em uma rodovia, por exemplo, você não está apenas criando uma solução de transporte. Você tem a pobreza, e com ela as favelas que podem surgir na beira da estrada, os sem-teto que poderão passar a morar embaixo das pontes. Por que não associar novas funções a essas pontes que ofereçam condições a essas pessoas de vencer a pobreza, tanto no que se refere a moradia e trabalho, mas também a lazer? Por que não pensar nisso de maneira sustentável?
Casa Vogue falou com o dinamarquês do BIG
Mas a arquitetura não é capaz de mudar sozinha a realidade social de um país do tamanho do Brasil.
Eu não tenho essa ilusão messiânica de muitos arquitetos, mas acredito que todos nós, de alguma forma, quando nos deparamos em projeto com algum desafio social, tentamos maximizar o potencial de que dispomos. Outro elemento do “Think Big” – a utopia pragmática – fala justamente disso. É o oposto do modernismo utópico, que imaginava soluções universais, que dizia que tudo deveria ser igual, que fez Le Corbusier apagar Paris em projeto e criar uma seqüência de arranha-céus sobre uma grelha de quarteirões retangulares. A utopia pragmática, por outro lado, cria soluções pontuais, mas economicamente viáveis e ambientalmente corretas. Uma solução para cada desafio, somadas umas às outras – é assim que poderemos mudar a sociedade. Se os arquitetos, porém, continuarem sempre pensando em soluções universais, eles não chegarão a lugar nenhum. (Fonte: Glogo e Casa Vogue)
Avatar Architettura é um escritório multidisciplinar italiano para arquitetura e desenho industrial fundado em 2001 por Nicola Santini e Pier Paolo Taddei.
A pesquisa do escritório é voltada para a identificação de estratégias de design onde a ecologia privilegie sistemas flexíveis, biodiversidade e materiais reciclados em contexto urbano. Seu Pavilhão de paletes reciclados é uma estrutura temporária agindo como um espaço de arte versátil. Ele pode hospedar diferentes tipos de eventos e espaço oferece uma grande diversidade de formas de produção.
O pavilhão está localizado no jardim da Villa Romana, do Instituto Alemão da Cultura em Florença, Itália. A estrutura desmontável de 100 metros quadrados é feito de pré-moldados em forma de diamante paletes de madeira em personalizadas articulações feitas. O processo de montagem leva quatro dias. A estrutura de madeira é envolta por uma membrana de PVC contínua, opaco para o telhado e transparente para as paredes. (Fonte: evolo.us)
Conquistada pela obra de Masahiro Chatani, um arquiteto japonês considerado o inventor do origami arquitetônico, cerca de 15 anos atrás, o artista holandês Ingrid Siliakus começou a produzir obras no mesmo estilo: muito detalhadas, minuciosas esculturas de papel. Suas fontes de inspiração, assim como edifícios realmente existentes com predileção para as obras de Berlage, são as pinturas de Escher. A arquitetura de Origami prevê que cada escultura é feita a partir de uma única folha de papel, ao contrário dos livros pop-up que são derivados a partir de muitas folhas sobrepostos.
A produção para a Campanha de lançamento do empreendimento imobiliário Residencial Piazza San Marco aconteceu no dia 17 de fevereiro e envolveu vários profissionais de comunicação. As fotos, realizadas no interior da loja Todeschini da cidade de Novo Hamburgo – em ambientes inspiradores, diga-se de passagem – ficou sob o olhar atento do fotógrafo Carlos Sillero e Direção de Arte de Laci Todeschini.
Na produção, os modelos da Bravo Models POA representaram uma família jovem e contextualizada em um dos princípios fundamentais do projeto imobiliário: incorporar alta tecnologia visando a sustentabilidade. E o resultado pode ser conferido a seguir, e anúncio conceitual para o lançamento e lindo sob todos os aspectos. Onde este novo conceito de morar em um ambiente feito como “Uma Obra de Amor” abrange todas as pessoas, presta uma homenagem à cidade de Novo Hamburgo e ao meio, na integração entre o passado e presente que determina ambiente nada menos do que inspirador. Em destaque o anúncio de lançamento do empreendimnto, veiculado nas revistas Living e Expansão e em duas páginas do Jornal NH no dia 13-3-2012.
A equipe de produção da Campanha posa para o clique final
Equipe Bravo Model
Modelos:
Rafael Duarte Bernardi
Rodrigo Moisés Dahmer da Rosa
Sharoll Beiró Rocha
Marlete Regina Dresch
Figurino:
Ângela Capelari
Maquiagem – beleza
Sabrina Soares
Coordenação de equipe:
Patricia Bertolotto
Acompanhamento especial – Otávio Reys Cerqueira Oliveira
Fotografia:
Carlos Sillero
Produção Catânia Studio
Logistica e Supervisão
Cleon Gostinski
Assistente de direção e redação
Jeferson Saldanha Ramos
Direção de arte
Laci Todeschini
Negociantes de tapetes desenvolveram uma classificação para tapetes persas com base no tipo de construção, de tecido, e da técnica de tecelagem.
Vamos ver características de alguns e seu nome.
Tapete Yomut – É um tipo de tapete Turcomenistão tradicionalmente tecido à mão. Yomut ou Yomud, é uma das principais tribos do Turquemenistão. Um projeto Yomut, juntamente com os projetos dos outros quatro grandes tribos, como Ersari e Tekke, é destaque no brasão de armas da bandeira do Turquemenistão.
Tapetes Arak – São feitos na província de Arak, Iran. Tecnicamente, todos os tapetes de Arak podem ser considerados tapetes Arak mas os chamados Sarouk são marcados como da melhor qualidade, enquanto o Arak termo mais geral é usado para tapetes de menor qualidade. Meshkabad costumava ser o prazo para os tapetes de pior qualidade, mas tais tapetes são agora chamados mahal ou Arak. Araks são muito mais grossos do que os tapetes com nós mais apertados como os Sarouk. Seus desenhos são bastante semelhantes, embora um pouco mais “cruamente” executados e muitas vezes exibidas em ousados medalhões florais estabelecidos contra campos abertos.
Tapete Ardabil – São da cidade de Ardabil localizada na província de Ardabil no noroeste do Irã, 639 km de Teerã. Ardabil tem uma história longa e ilustre de Azerbaijani tecelagem de tapetes. O reinado da dinastia Safavid nos séculos 16 e 17 representou o auge do tapete Azerbaijani feito na região. O Ardabil nome vem do Avesta (O livro sagrado dos zoroastristas) com o Artavil palavra que significa literalmente um lugar alto e santo. Os tecelões em Ardabil costumavam dobrar o número de nós no Azerbaijão. Um dos tapetes mais famosos da existência, hoje, é um par de tapetes persas de Ardabil. Este tapete, medindo 34 ‘x 17’, está pendurado em exposição no Museu Victoria e Albert em Londres, Inglaterra.
Tapetes Ardabil apresentam motivos que são muito semelhantes aos tapetes caucasianos. As cores também são mais leves. Os padrões são predominantemente geométricos e os layouts mais comuns em tapetes Ardabil são medalhões, múltiplos conectados em forma de diamante medalhões, e tudo mais em formas octogonais. O projeto mais reconhecido encontrados em tapetes Ardabil é o famoso desenho Mahi (Herati) – um medalhão de diamantes e pequenos peixes por toda parte. Alguns tecelões modernos começaram a favorecer incisivos padrões geométricos sobre o tradicional Mahi design (Herati) e adicionou cores como turquesa e roxo ao vermelho mais tradicional, rosa, marfim, verde e azul.
Tapetes Baluch – são tecidos perto da fronteira do Sudeste do Irã e nas regiões ocidentais do Afeganistão. Sendo de origem tribal e, muitas vezes nômade os tapetes Baluch são geralmente pequenas em tamanho, tipicamente limitado a um comprimento de 8 pés.
Muitas vezes usandourdidura de lã os tapetes são resistentes, no entanto, devido aos materiais utilizados e as circunstâncias dos tecelões a contagem de nó é geralmente baixa, com cerca de 60-180 nós por polegada quadrada (KPSI). O povo do Baluchistão é descendente de tecelões turcomanos e eles estão entre os mais pobres do Irã. Os baixos salários e estilos de vida tribais significa que os tapetes Balouch possuem um valor mais baixo no Irã (e no Afeganistão).
Tapete Bakhtiari – Os tecelões Bakhtiari produzem tapetes e sacolas para seu próprio uso, bem como para o comércio. São Indígenas nômades e produzem também o kiling.
Tapete Bijar (ou Bidjar) – são freqüentemente chamados os tapetes de ferro do Irã. O Bijar era um tapete pesado durável que tem sido muito popular nos Estados Unidos. Agora o tapete Bijar tende a ser mais fino e refinado. Os Tapetes Bijar são tecidos por Gerrus curdos na área de Bijar enquanto uma cópia também fina de tapetes Bijar são tecidas por tecedeiras Afshar que vivem na Tekab e Área Tekkenteppe em Gerus. Bijar é uma cidade no Noroeste do Irã cerca de 45 km de Senneh (Sanandaj)
Os motivos padrões dos tapetes de Bidjar é uma combinação de curvilíneo e de desenhos geométricos.
As cores favoritas dos tecelões consistem no marfim, no vermelho da cereja, no marrom, no azul da luz, na cor-de-rosa, no amarelo, e em detalhes geralmente usa-se, o alaranjado, bege e marfim. O nó (turco) simétrico é usado principalmente, embora o nó (persa) seja visto também.
Um dos desenhos mais comuns usados em tapetes Bidjar é o desenho herati.
Este desenho pode ser visto em ambos os lados do medalhão central.
O projeto da assinatura dos tapetes de Bidjar é o medalhão com desenho herati, que tem um medalhão hexágono dando uma forma muito grande geralmente como destaque.
Os tapetes Bidjar feitos no Irã podem ser colocados nas seguintes três categorias principais:
Tapete Tabriz – Na verdade, este nome categoriza uma gama geral de tapetes persas da cidade de Tabriz, a capital da província de Azerbaijão Oriental, no norte oeste do Irã. É um dos mais antigos centros de tecelagem e faz uma enorme diversidade de tipos de tapetes. A faixa começa na qualidade Bazaar, de 24 de Raj (Número de nós por comprimento de 7 cm de as larguras do tapete) e até o incrivelmente fino 110 raj. Raj são as unidades de densidade nó (ele mostra a aptidão do tapete, que com base no número de cordas utilizadas para a fundação do tapete. Materiais Strings são normalmente feitas de algodão ou seda, que é usado para tapetes muito finas).
Tabriz tem uma das exposições mais diversos em projetos de medalhão, Herati / Mahi, a figural, pictóricas, e até mesmo 3-d em forma de tapetes.
Os principais produtores em Tabriz hoje incluem: Alabaf de Tabriz, Galibafi Nassadji Tabriz, e Miri Brothers.
Tabriz tem sido um centro de tapetes mundialmente famoso divulgando o Irã para o mundo. Ele desempenhou um papel significativo no desenvolvimento das ricas tradições das artes decorativas e aplicadas.
A arte de tapetes de Tabriz teve seu apogeu nos séculos 12 a 16. Cerca de 200 obras especiais do período clássico ou “ouro” do século 14 são caracterizados por uma fusão harmônica das artes de pinturas em miniatura e de tecelagem, pelo elevado nível de habilidade demonstrada por artistas e tecelões de tapetes.
A escola Tabriz pode ser dividido em 2 subgrupos: Tabriz e Ardabil.
Tapete Nain – São construídos usando o nó persa e pode ser entre 300 e 700 nós por polegada. A montagem é geralmente de lã de alta qualidade, cortado curto, a seda é normalmente usada como destaque para as partes do detalhamento no projeto. Algumas peças são feitas inteiramente de seda. Tapetes Nain são muitas vezes feitos nas áreas circundantes da cidade de Naim, e não necessariamente a própria cidade. Nains utilizam o Shah Abbas e nos projetos fazem uso de formas que vão fluindo, como flores e gavinhas.
Naim é uma pequena cidade no centro do Irã, muito perto da famosa cidade de Esfahan. Anterior ao início do século 20, era bem conhecida pela produção de alta qualidade em panos de lã feitos à mão. Devido a um declínio nos negócios da cidade, os tecelões foram contratados por Esfahan para criar tapetes. Este fato ainda é evidente quando se olha para tapetes contemporâneos Nain, eles exibem um estilo próprio, usando muitas vezes tonalidades de azul sobre fundo creme ou marfim. Dependendo de finura da urdidura e trama será, ou de seda ou de algodão. Na maioria dos casos o algodão é empregado, com diferentes níveis de camadas referidas como “la”, com os números mais baixos significam qualidade mais fina.
Nain é um tapete bem fácil de compor com a decoração contemporânea, além de seus desenhos delicados e cores claras, possui medidas diferentes, como o quadrado e o redondo mais incomum em outros clássicos Persas.
Tapete Shiraz – É feito nas aldeias ao redor da cidade de Shiraz, na província iraniana de Fars. Os projetos tendem a vir de assentados tecelões tribais que eles imitam Qashqai, Khamseh, Afshar, Abadeh e projetos Luri. Desde que os tecelões estão usando teares fixos os tapetes tendem a ser maiores e muitas vezes mais grossos do que os seus homólogos tribais. Tapetes Shiraz muitas vezes não possuem tantos nós quanto os Qashqai e Abadeh ambos com nós mais finos e próximos. Shiraz utiliza o nó persa (assimétrico).
Shiraz é uma cidade na região sudoeste do Irã, situado praticamente em cima da antiga Persépolis persa. Shiraz tapetes não são feitos geralmente em uma grande fábrica, a maioria deles é tecida pelos tecelões em casa e levado para o bazar principal para ser vendido, na maioria das vezes, para os comerciantes que irão agrupar uma série considerável destes tapetes e vendê-los a maiores comerciantes ou exportá-los.
Aparência – O design é geométrico, por vezes, que caracteriza um medalhão de pólo no centro. Tapetes Shiraz usam cores vermelha e marrom e muitas vezes usam em forma de diamante lozangos como o motivo principal. – Frequentemente possuem bordas menores em torno de uma maior borda com palma e desenhos de folhas de pinheiro – Algumas peças apresentam o cavalo branco “Cyrus”.
Tapete Heriz – São tapetes persas da área de Heris, Oriente Azerbaijão no noroeste do Irã, a nordeste de Tabriz. Esses tapetes são produzidos na aldeia do mesmo nome, nas encostas do Monte Sabalan. Tapetes Heriz são extremamente duráveis e resistente e que pode durar por gerações. Exemplos do século 19 são freqüentemente encontrados à venda por grandes casas de leilão nos Estados Unidos e Europa. Herizes novos são grossos, duros, e muitas vezes razoável no preço. Tapetes podem se tornar mais e mais bonitos com a idade.
Possuem geralmente padrões geométricos ousados com um grande medalhão dominando o campo central. Tais projetos são tradicionais e, muitas vezes tecidos a partir da memória. Tapetes similares das cidades e aldeias vizinhas de Ahar, Heris, Mehraban, Sarab, Bakhshaish e Gorevan são muitas vezes comercializada como Heriz mas comparar mal com Herizes originais.
Tapete Isfahan – A cidade iraniana de Isfahan (também soletrado Esfahan) tem sido um dos centros de produção do tapete persa famoso. A Tecelagem em Isfahan floresceu na era Safávida. Mas quando os afegãos invadiram o Irã, pondo fim à dinastia Safávida, a arte também se tornou estagnada.
Não até 1920, entre duas guerras mundiais, foi novamente levada a sério pelo povo de Isfahan. Eles começaram a tecer projetos Safavid e mais uma vez tornou-se um dos eixos mais importante da indústria de tapete iraniano de tecelagem. Tapetes Isfahani hoje estão entre os mais procurados nos mercados mundiais, tendo muitos clientes nos países ocidentais.
Isfahani tapetes e carpetes em geral têm fundos de marfim com azul, rosa, e os motivos índigo. Isfahani tapetes e carpetes freqüentemente têm projetos muito simétricos e equilibrados. Eles geralmente têm um único medalhão que está rodeada de vinhas e palmettos. Estes tapetes e carpetes em geral têm uma qualidade excelente. O mais famoso mestre tecelão em Isfahan é Seirafian.
A cidade de Isfahan (Esfahan) é agora um local do património mundial e produz o que são sem dúvida os tapetes de pêlo mais consistentemente de finas lãs de qualquer outro lugar no mundo de hoje. Sua qualidade pode ser igualada por itens individuais dos outros grandes grupos da oficinas persas.
Detalhes de um tapete Isfahani – São atados em ambas urduiduras de seda ou algodão, com até 400 nós persas por in2, usando qualidade excepcionalmente boa (muitas vezes Kurk) lã para a montagem, que normalmente é cortada muito baixa. Nos itens contemporâneos a paleta é normalmente mais pastel, e perfeição técnica é geralmente de maior importância do talento artístico. Isfahans contemporâneos são, porém, extremamente atraentes, e a conquista da nova paleta, em especial a eliminação de vermelhos fortes, torna-os mais compatíveis com ocidentais esquemas decorativos.
Uma gama de designs tradicionais ainda são utilizados, incluindo allover Shah Abbas, vaso, Árvore da Vida e esquemas pictóricos, mas de longe a composição mais popular é baseada em um medalhão central circular (derivado da famosa mesquita de Shah Lutf Allah em Esfahan) definir contra um campo elegantemente esculpida primorosamente decorado com palmeta madres videira e motivos florais.
O nome mais famoso em tapetes Isfahan é o da tarde Haj Agha Reza Seirafian e seus sete filhos Mohammad Ali, Mohammad, The Late Mohammad Sadegh, Ahmad, Ali, O Hossien Late, Mohammad Hassan, e seu primeiro neto Mojtaba Seirafian. Mas Isfahan é mais do que apenas o Seirafians, mestres notáveis incluem o grande mestre Ahmad Archang, cujo trabalho está sendo exposto no Museu Nacional de tapetes em Teerã, Mestre Faizollah Haghighi, bem como Dardahsti eo Majnoonies (Hekmat família Nejad). Emami, Shahpour Enteshari também são mestres tecelões de nota.
A arte da tecelagem de tapetes existe no Irã, em tempos antigos, de acordo com a evidência, como o tapete de Pazyryk 2500-year-old, que remonta a 500 aC, durante o período Aquemênida. A primeira evidência documentada sobre a existência de tapetes persas vieram a partir de textos chineses que remontam ao período Sassânida (224-641 AD).
O tapete persa é uma parte essencial da arte e da cultura persa. Tapete tecelagem é, sem dúvida, uma das manifestações mais ilustres da cultura persa e arte, e remonta à antiga Pérsia. Em 2008, as exportações iranianas de tapetes tecidos à mão era 420 milhões dólares ou 30% do mercado mundial. Há uma população estimada de 1,2 milhões de tecelões de tapetes do Irã produzem para os mercados doméstico e de exportação internacional. O Irã exporta tapetes para mais de 100 países, como tapetes artesanais são um dos seus principais itens de exportação não-petrolíferos. O país produz cerca de cinco milhões de metros quadrados de carpetes por ano – 80 por cento são vendidos nos mercados internacionais. Nos últimos tempos os tapetes iranianos estão sob concorrência feroz de outros países produtores de reproduções dos desenhos originais iranianos, bem como substitutos mais baratos.
Os desenhos dos tapetes iranianos são copiados por tecelões de outros países também. O Irã é também o maior produtor mundial e exportador de tapetes feitos à mão, produzindo três quartos da produção total do mundo. Embora nos últimos tempos, esta antiga tradição vem sofrendo forte concorrência de máquina de fabricação de produtos, o Irã é também o criador do maior tapete artesanal na história, medindo 60,546 metros quadrados (5,624.9 metro quadrado).
Os tapetes persas podem ser divididos em três grupos; Farsh / Qali (nada de tamanho maior do que 6 × 4 pés), Qālicheh (قالیچه, que significa “pequeno tapete”, avaliou 6 × 4 pés e menor), e tapetes nômades conhecidos como Gelim (گلیم ; incluindo زیلو Zilu, significando “tapete áspero”) neste uso, Gelim inclui tapetes ambos pelúcias e tecidos planos (como kilim e soumak).
O Tapete Pazyryk, o mais antigo tapete sobrevivente conhecido do mundo, século 5 aC.
Os tapetes persas são feitas por um layout ou modelo que, em geral, incluí um determinado número de motivos. A Companhia Tapetes do Irã, teve um especialista no assunto que tentou classificar como seria o projeto do tapete persa, para isso, realizou estudos em milhares de tapetes. Seus resultados mostram que houveram ligeiras alterações e melhoramentos em quase todos os desenhos originais. Em sua classificação, os desenhos originais definiram um “principal padrão” e os derivados, como os ‘sub padrões’. Foram identificados 19 grupos, incluindo: monumentos históricos e edifícios islâmicos, padrões de Shah Abbassi, padrões espirais, tudo sobre os padrões, os padrões de derivativos, padrões interconectados, padrões de paisley, padrões de árvores, padrões Turkoman, padrões locais de caça, os padrões de painéis, flores Europeias, os padrões de vaso, padrões de peixes entrelaçados, padrões listrados Mehrab, padrões geométricos, padrões tribais, e outras composições. Mas a estrutura básica que os define possui pelo menos três destes elementos do desenho.
Bjarke Ingels. BIG. Yes is More – An Archicomic on Architecture Evolution. Köln: Evergreen GmbH, 2010, p. 390
O jovem arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels (1974-) é o fundador do escritório BIG – Bjarke Ingels Group. Após dois anos de trabalho no Office for Metropolitan Architecture em Roterdã, Ingels fundou em 2001 o escritório PLOT junto a seu colega belga Julien de Smedt (1975-), cuja parceria que durou até 2006. A cisão da dupla gerou também o escritório JDS, com o qual Bjarke Ingels mantém a co-autoria de seus primeiros projetos,
Durante seu curto período de existência, o escritório BIG já recebeu inúmeros prêmios e participou de exposições de porte como a Bienal de Veneza (presente de suas duas últimas duas edições) e da Exposição Universal de Xangai de 2010, neste último representando seu país com o projeto do pavilhão e da curadoria de sua exposição.
Bjarke Ingels leciona em cursos de arquitetura e no ano de 2010 demonstrou seu interesse pelo Brasil ao promover uma disciplina em Harvard focada nas conseqüências sócio-econômicas referentes à copa do mundo de futebol em 2014 e dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro em 2016.
Durante um coquetel posterior à palestra proferida por Bjarke Ingels em São Paulo[i], com direito a apertos de mão, autógrafos, fotos e trocas de cartão com representantes de grandes construtoras, foi pedido um desenho ao arquiteto. Para quem estava tentando adivinhar com qual dos seus inúmeros e icônicos edifícios ele iria pontuar sua passagem por São Paulo, o estranhamento de ver traços feitos a lápis vindo de um arquiteto conhecido por suas apresentações que fazem intenso uso da computação gráfica só não foi mais estranho que a surpresa pela imagem revelada por seu desenho: uma sereia suspensa por uma grua.
Entendeu ou quer que desenhe?
A atuação do escritório Bjarke Ingels Group
Potencializando os benefícios tecnológicos que configuram toda uma nova época de difusão virtual de projetos de arquitetura por renders e readers, em que poucos cliques podem tanto elevar idéias arquitetônicas a um elevado grau de realismo representativo quanto rapidamente ganhar o mundo pelas ondas da internet, Bjarke Ingels os incorpora e toma máximo proveito da idéia de que um projeto de arquitetura possa valer tanto quanto um edifício construído. Face aos olhos frenéticos e afobados de interessados por arquitetura que podem observar por segundos um projeto na internet sem nem menos saberem se gostam ou não gostam, se é real ou virtual, ou mesmo se um dia Irão vê-lo pessoalmente, o arquiteto parece ter percebido a necessidade de uma sedução maior que prenda seus olhos por um pouco mais alguns minutos.
Para isso o escritório traz uma identidade e uma marca de “grande” impacto: BIG, o Grupo de Bjarke Ingels, fundado em 2006, que paradoxalmente comunica a idéia de uma coletividade composta pelo caldo criativo de jovens arquitetos de todo mundo que por lá passam, ao mesmo tempo que esta é centralizada na figura de uma persona mitica, cujas idéias já garantiram, em tão curto tempo, seu respeito na escala nacional dinamarquesa. A prova da grandeza de sua pro-atividade é o próprio desenho realizado pelo arquiteto durante o coquetel, pelo qual se mostrou preocupado em ilustrar um impacto muito maior do que qualquer realização de ordem arquitetônica: conseguir consentimento do governo dinamarquês para transportar o valioso monumento nacional representado pela pequena estátua da Pequena Sereia, atravessando o mundo de Copenhagen para a Exposição Universal de Xangai de 2010, mais precisamente para dentro do pavilhão projetado pelo próprio escritório. (Por Luis Felipe Abbud )
Edvard Eriksen, Monumento à Pequena Sereia. Copenhague
BIG, Pavilhão dinamarquês, Xangai, 2010.
Causando uma pequena revolução arquitetônica na Dinamarca por se tratar do primeiro de vários outros pequenos escritórios que surgiram repetindo uma mesma direção metodológica e representativa, os projetos liderados por Bjarke Ingels são dotados de uma carga plástica que fascina por apresentações sintéticas carregadas de diagramas policromáticos, colagens, imagens sedutoras e auto-explicativas com tamanha eloqüência que dispensariam mesmo a presença do apresentador em uma palestra, não fossem as repetidas piadas para entreter grandes audiências. Mais do que isso, seus projetos efetivamente construídos se mostram extremamente bem sucedidos ao se manterem fieis às suas respectivas estratégias de utilização programática desde sua formulação na etapa conceitual. O conjunto de suas obras traz ainda um exemplo muito estimulante de como uma metodologia de projeto pode incorporar um empreendimento de ordem formal e volumétrica diretamente ligados ao uso físico do espaço proposto, trazendo formas inusitadas derivadas de uma leitura estratégica do problema apresentado pelo cliente, ou mesmo levantado independentemente pelo escritório.
PLOT (BIG + JDS): Mountain Dwellings – Copenhague, 2008. Diagramas da apresentação do projeto. – www.big.dk
Trazendo coerência de identidade para uma produção de tamanha heterogeneidade resultante de uma gama variada de formas e soluções que muitas “evoluem” diante de novos contextos, suas apresentações seduzem clientes e reaproximam pessoas alheias à compreensão de um projeto arquitetônico pela objetividade da leitura, o que inevitável e positivamente chama a atenção para a necessidade de uma reformulação das formas canônicas de planta-corte-elevação-perspectiva que muitas vezes dificulta mesmo a discussão de projetos entre arquitetos.
Sua postura propagandística e multimidiática que incessantemente apresenta sempre o mesmo material produzido pelo escritório em contínuo estado de atualização por meio de exposições, filmes, livros, e-books e do próprio site www.big.dk permite com que seja possível de longe do escritório o rastreamento do esforço de emplacar idéias e reutilizá-las incessantemente até sua efetiva formalização edificada.
Página do livro Yes is More ; Exposição Yes is More no Danish Architecture Centre, 2009; Versão do livro Yes is More em versão de aplicativo IPad: primeiro e-book oficialmente lançado pela editora Taschen. http://thelastwordbooks.blogspot.com http://en.wikipedia.org - www.big.dk
Seu livro-manifesto Yes is More – An Archicomic on Architectural Evolution apresenta as estratégias metodológicas de concepção de projetos do escritório mundo a fora, segundo um balanceamento dialético do problema arquitetônico pela caracterização do projeto baseada na incorporação direta de seus aspectos negativos dados (ou encontrados para além do programa apresentado pelo cliente), em um discurso que se contrapõe à superficialidade da freqüente imposição de uma tabula rasa cultural sobre o dado contexto a ser projetado por parte do arquiteto, que, na maioria dos casos, somente ocorre quando este deliberadamente fecha seus olhos (ou dos espectadores de suas apresentações) para aquela problemática pré-existente mais complexa de ser resolvida, quase sempre relacionado ao fenômeno resultante da ocupação humana e sua condição cultural.
(…) ao invés de nos lamentarmos sobre os sistemas ou obstáculos ou falhas, queremos explorar o que acontece quando você diz Sim para a realidade, quando você diz Sim para a cidade, ou mesmo quando você diz Sim aos vizinhos que reclamam, ou simplesmente diz sim à vida quando quer que você trombe com ela e descobrir tanto mais em retorno(…) (Fonte: Revista Veneza – abril 2011)
O estilo clássico francês conflui para a proposta retrô com “acessibilidade” de lavabo da arquiteta Renata Seripieri, que combina luxo e funcionalidade. Motivos característicos conferem sofisticação e elegância, potencializadas pelas paredes revestidas de tecido, pelo armário de ferro e pelo lustre com imensos pingentes de cristal. Na fronteira da modernidade, as torneiras e a saboneteira possuem sensores e o espaço foi todo organicamente projetado, de acordo com as especificações técnicas para os portadores de deficiência física, que considera desde a altura do vaso até a largura da porta de acesso.