Localizada em Itu, no interior de São Paulo, esta casa envolveu a árvore do terreno num delicioso deck, ponto perfeito para apreciar o horizonte adiante.
O deck contorna uma árvore antiga do terreno de 3,3 mil m²: um distinto cambará. O projeto, assinado pela arquiteta Bela Gebara, desdobrou-se para não derrubá-lo e hoje ele faz sombra no melhor lugar deste refúgio de fim de semana, localizado num condomínio fechado de Itu. “Adoro ficar no deck, principalmente no cair da tarde, quando os passarinhos passam em revoada, indo embora para casa”, revela a moradora. É que a vista ali é luxuosa, alcança toda a propriedade: os ambientes internos envidraçados, o campinho de futebol onde brincam os três filhos, a piscina e a vegetação atrás. Ao longe, a silhueta da cidade. Isso tudo graças à ótima implantação, concebida em parceria com o arquiteto paisagista Luciano Fiaschi. “Gosto muito de como a residência se acomoda e se encaixa no terreno em declive, de como vai acontecendo”, afirma Bela Gebara. A inclinação, que podia ser um problema, não foi: virou aliada. Assim, os ambientes de estar ocupam a subida – o nível mais alto – até terminarem na varanda suspensa.
Voltando um pouco, no patamar baixo, está o bloco dos quartos, dividido em dois andares, com o inferior se abrindo para o gramado. São duas alas, social e íntima, isoladas por um hall central. “Essa independência é superútil numa casa de campo. Quem vai dormir não fica incomodado com a conversa até altas horas na sala”, comenta Bela. A fachada não esconde tal separação. “Com telhados interrompidos, ela é assimétrica, tem movimento e deixa claro onde está cada setor.” Os traços irregulares talvez sejam os responsáveis pelo jeito despojado, sem frescura. Mas não só eles. “Usei acabamentos básicos, como alvenaria e concreto.” E madeira, muita madeira – perobinha, freijó, maçaranduba, ipê. Elas trazem a sensação aconchegante que compensa os tantos painéis e rasgos de vidro. “A moradia ocupa um lugar lindo, os vizinhos estão longe. Por isso mesmo, tinha de se abrir, olhar para o exterior.” Sim, porque a paisagem lá fora é ouro. E a tarde está terminando, os passarinhos vão chegar. Melhor correr para o deck, lá fora.
Observe como os ambientes se repetem: há tanto o estar interno e o externo quanto as duas áreas de refeição.
Aqui é o ponto em que a casa se divide em dois blocos, intermediados pelo hall de entrada, também envidraçado. As escadas conduzem aos quartos de cima e de baixo.
A circulação acontece na área do hall, que tem escadas de perobinha | Um rasgo de vidro deixa entrever o exterior na sala de jantar.
O gramado generoso era um pedido dos moradores, cujos três filhos adoram jogar futebol. Neste lado da fachada, que não conta com beiral, uma caixa envolve a janela e protege contra a chuva.
A casa revela uma arquitetura contemporânea, mesmo lançando mão de um telhado com inclinação convencional, de 30%. “Esse ângulo favorece o uso das placas de energia solar”, explica bela. Necessárias, as telhas de barro amenizam o calor de Itu. “Por isso, também criei beirais grandes.”
No centro, marcado pela porta com passarela de freijó, fica a entrada, cuja laje dá acesso às caixas d’água e aos aquecedores.
Fonte: casa.abril
Pensar fora da caixa. Essa é a grande sacada para descobrir novas possibilidades de decorar a casa. Nesta aula, você descobre como um olhar sem preconceitos sobre móveis e revestimentos pode render, com baixo investimento, peças lindas e criativas.
Revisite os seus móveis
Mesas sólidas, sofás com boa estrutura, estantes bem montadas – aprenda que itens de qualidade são quase eternos. Décio mostra que pintura e restauro podem livrar você do custo alto de novas peças.
Arquitetura criativa
Neste apartamento a antiga área de serviço virou um mini quintal com seixos, deck e uma mesinha de bistrô. Olhe para a planta da sua casa e avalie cada canto pensando em como valorizar seu uso.
Genéricos nota 10
Queria um painel com madeira de demolição, mas acha muito caro? Pense na possibilidade de usar laminado. A tecnologia proporciona a mesma sensação em um produto mais econômico e fácil de manter.
Pense fora da caixa
A cabeceira da cama tem couro usado do lado certo e do lado avesso. A luminária foi feita com um balde e uma base de ferro para vasos. Novas formas de usar os objetos confere personalidade à decoração.
Direto das ruas
Um painel com lambe-lambe – gravuras recortas e coladas sobre uma placa de madeira – podem ser um novo arranjo de paredes. Os motivos das ilustrações podem atender ao gosto dos moradores.
Piso ou parede
Quer outra sugestão de acabamento para paredes? Que tal usar piso vinílico? O efeito que ele traz é diferente do uso de fórmica ou de papel de parede. O recurso ousado gera efeito diferente da fórmica.
– De fácil instalação, o piso vinílico foi parar na parede deste quarto. Colocado do rodapé até 50 cm acima da cama, ele se transformou numa atraente cabeceira.
– O velho e sem graça criado-mudo ressurgiu como um móvel divertido para o quarto das crianças. Com a ajuda de adesivos colados sobre a nova pintura, a peça agora tem a aparência do Bob Esponja Calça Quadrada. Repare nos pés: rodízios imitam os sapatinhos do famoso personagem de desenho infantil.
– Cartões de restaurante, flyers de teatro, imãs de geladeira e outras boas lembranças de viagem foram emolduradas e ganharam uma paginação descontraída na sala. Para realçar o conjunto, Decio pintou a parede num azul cobalto.
– Típico das casas dos anos 1950, este móvel de madeira remoçou depois da pintura com tinta automotiva na cor grafite. Na sala contemporânea, ele faz bonito como aparador.
– Para tornar mais moderno o lustre de estilo provençal, Decio Navarro pintou a estrutura com tinta amarela e forrou as velhas cúpulas com tecido xadrez.
– Em toda a cozinha, a marcenaria prioriza o laminado melamínico que imita madeira de demolição. Em forma de ripas, é um jeito econômico, prático e moderno de usar a madeira. (Fonte: Casa.abril)
Consultoria de decoração por Casa Abril – “Todos que visitam minha casa acham que a sala tem a minha cara. Mudo o visual do ambiente de vez em quando. Posso cobrir o pufe de cetim beterraba com uma capa branca e uni-lo ao sofá ou deixá-lo à vista, combinando com a parede de mesma cor. Gosto de cozinhar e receber e adoro arrumar mesas lindas para essas ocasiões. Mas sinto que ainda está faltando algo. Queria tornar meu espaço mais aconchegante.” – Cotia, SP
Resposta – “Se você quer mais aconchego, a primeira sugestão é substituir o tapete da sala por um modelo maior, que cubra boa parte do piso frio. Ele deve ficar sob todo o conjunto do estar – sofá, mesinhas e pufe menor – e ainda deixar uma sobra em volta. Tons terrosos também ajudarão a aquecer o ambiente. Eles podem aparecer no tapete e em algumas almofadas, feitas de tecidos de texturas diferentes. Outra ideia seria adotar uma planta em vaso bem bonita, aproveitando a luz da porta de vidro. Por fim, indico fazer um projeto de iluminação com luzes amareladas e de efeito.”
Quem olha esta casa toda clara nem imagina que ela já foi bem diferente. Comprada há 15 anos, tinha materiais rústicos e muita madeira, como uma típica construção de praia. A reforma, orquestrada há um ano pelo arquiteto José Raimundo Marcelino, trouxe leveza aos espaços, como pediu Roberta Coelho, a proprietária. “Queria uma casa de inspiração modernista, um projeto urbano na praia. Gosto desse contraste”, diz ela. Da antiga construção, só foram aproveitados os alicerces, dos quais, aos poucos, foi subindo uma caixa quadrada, com a área social de 166 m² toda integrada. Quando se chega à entrada e a porta pivotante laqueada de vermelho é aberta, vê-se tudo: sala, varanda, piscina e o mar. A arquitetura muito limpa é compensada por uma decoração gostosa, com pontos marcantes de cor, tecidos naturais e madeiras brutas.
A grande amendoeira protege do sol as refeições no gramado, no canto montado com mesa e cadeiras da Tamanduá Bandeira.
Peças de madeira aquecem a decoração: o banco atrás do sofá é de Jader Almeida, e a mesa de tronco, de Pedro Petry.