Começa o ano e muita gente já pega a estrada para ir à praia. No litoral do Brasil, há 9.000 km de extensão de areia de todos os tipos, muitas vezes contaminada por causa do despejo de lixo e dejetos e por causa do esgoto.
Como explicou o infectologista Caio Rosenthal, a areia molhada pelo esgoto mal tratado pode ficar com depósito de bactérias que causam diarreia e outros incômodos; já a areia seca pode ter parasitas e larvas, principalmente por causa das fezes de animais abandonados.
Um dos problemas que podem aparecer por caminhar descalço na praia é o bicho geográfico, um incômodo que causa bolhas, vermelhidão na pele e muita coceira.
De acordo com o médico Caio Rosenthal, é preciso evitar a presença de cães na praia, já que eles podem eliminar fezes com ovos de larvas. Esses ovos eclodem na areia seca e as larvas se desenvolvem, até o momento em que penetram no pé de uma pessoa. Se a pessoa coça muito o pé, ela pode desenvolver ainda uma infecção secundária por causa do depósito de bactérias nas unhas, como lembrou o infectologista.
No caso das fezes dos gatos, se eles estiverem contaminados, existe ainda a chance de transmissão da toxoplasmose.
O médico explica, no entanto, que não é qualquer gato que transmite a doença – geralmente são os gatos abandonados, que frequentam a rua e não tem dono ou cuidado. Já os bichos de estimação, que não costumam sair de apartamentos ou casas, dificilmente serão transmissores. Fora isso, o infectologista alerta que não são só as fezes do gato que transmitem a toxoplasmose, mas também carnes mal cozidas ou passadas. O mesmo vale para os cães – não são todos que transmitem o bicho geográfico.
Além de não andar descalço e sempre optar por um chinelo ou sandália, existem outros hábitos que devem ser evitados, como não cobrir o corpo com areia, não comer nada que tenha caído no chão e ainda usar sempre uma canga ou toalha na hora de sentar.
De maneira geral, a principal dica é evitar o excesso de contato, especialmente em praias que estão contaminadas, como as mais movimentadas e urbanas. Se for o caso de caminhar com os pés na areia, a dica do médico é optar pela caminhada perto do mar, já que a água leva os microorganismos embora e o risco é menor.
Cuidados com os olhos
O oftalmologista Emerson Castro deu dicas também para cuidar da visão na praia.
Em caso de olhos vermelhos, por exemplo, pode ser que a pessoa esteja com conjuntivite, queimadura de sol, irritação por causa do filtro solar ou até por causa da areia.
Nessas situações, não é recomendado usar água corrente (a não ser que caia algum produto químico) ou colírio com remédio – a dica para aliviar a irritação é usar soro fisiológico ou lágrima artificial.
Em relação à queimadura de sol, o médico alerta que, assim como a pele, os olhos também sofrem, seja na praia ou até mesmo na cidade. Por isso, a dica é sempre protegê-los com o uso de óculos escuros e chapéus. Confira no quadro abaixo as lentes ideais para cada caso: (Fonte: Bem Estar)
Para ser saudável e resistente, o corpo deve ter de 80% a 82% de músculos e apenas de 18% a 20% de gorduras. Ter a musculatura forte e desenvolvida é importante para sustentar os ossos e prevenir fraturas, como explicaram os médicos do esporte Gustavo Magliocca e Fernanda Lima.
Ao exercitar os músculos, a pessoa pode continuar com o mesmo peso, mas pode perder medidas. Dois indivíduos que pesam o mesmo número podem ter a aparência diferente e isso significa que um tem mais músculos do que o outro, como mostra o infográfico abaixo. A gordura ocupa mais espaço no corpo e pode se concentrar na barriga, por exemplo.
Estudos recentes mostram que exercitar a musculatura estimula a produção de substâncias que defendem o organismo de invasores e ainda aumenta a produção de hormônios que auxiliam no metabolismo da glicose e das gorduras.
Além disso, ter os músculos desenvolvidos garante um envelhecimento ativo, com mais autonomia e também uma melhora na autoestima já que ajudam no contorno do corpo.
Porém, é importante alertar que o desenvolvimento muscular é diferente para cada pessoa e depende muito de fatores genéticos, do biotipo e também da quantidade de fibras musculares do corpo.
Fibras do tipo 1 são aeróbias, de pouca força e resistência; já fibras do tipo 2 têm ação rápida, de força e explosão – quem tem mais o primeiro tipo consegue desenvolver mais os músculos. A atividade mais eficiente nesse processo é a musculação, porém qualquer exercício de força pode aumentar a massa muscular, também conhecida como massa magra.
Existem opções dentro da musculação que oferecem menos riscos às articulações, como os aparelhos pneumáticos que visam preservar a saúde dos músculos, não desenvolvê-los, e também os exercícios funcionais, que causam desequilíbrio e exigem controle e força muscular, como os que utilizam bolas, por exemplo.
Pessoas que têm entre 20 e 35 anos estão no auge do desenvolvimento muscular do corpo. A partir dessa idade, tanto o homem como a mulher começam a ter uma perda gradual, principalmente se forem sedentários. Se não se exercitarem, essas pessoas correm o risco de desenvolver a sarcopenia, uma doença provocada pela perda da massa magra e da função muscular. (Fonte: Bem Estar)
Os alimentos refinados e integrais têm praticamente o mesmo valor calórico, mas há uma grande diferença nas propriedades nutricionais de cada um deles. Os integrais têm muito mais nutrientes, minerais e fibras e podem reduzir o risco de doenças do coração, AVC, infarto, diabetes, obesidade e até mesmo câncer, como explicaram o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Nádia Rocha Brito.
O valor nutricional do integral é maior porque, durante o processo de refinamento dos alimentos, grande parte dos nutrientes é perdida – principalmente no caso do farelo e do gérmen (trigo), que são retirados nesse procedimento. Por isso, uma alimentação com integrais é muito mais saudável e nutritiva do que uma alimentação com refinados.
É preciso mais atenção com os carboidratos que, de preferência, devem ser integrais para prevenir danos à saúde. Diversos alimentos do dia a dia podem ser substituídos, como o arroz, a farinha de trigo, a farinha de milho, o pão, o macarrão e os biscoitos.
Cereais integrais também são boas opções para a dieta porque são ricos em fibras, antioxidantes, vitaminas, nutrientes e minerais. A ingestão de fibras, inclusive, é boa para limpar o organismo já que elas não são absorvidas no intestino. Fora isso, as fibras dão maior sensação de saciedade e fazem a pessoa comer menos. (Fonte: Bem Estar)